Rainha Camilla Parker e Rei Charles III adotaram dois cachorros em abrigo
Rei Charles III chegou a criar terriers Jack Russell, raça de pequeno porte. Mas no ano passado, teve nova postura. Ele e Camilla Parker, a rainha consorte, adotaram em um abrigo dois cães resgatados: são Bluebell e Beth.
Elizabeth II também ficou conhecida pelo amor aos cavalos. Gostava de tudo o que dizia respeito ao mundo equino: cavalgar, acompanhar corridas e criar cavalos puro-sangue.
Mas como em outras áreas, a vida da rainha foi marcada por ambiguidades. A caça é uma das principais críticas a ela feita por protetores de animais ao redor do mundo. O conceito de criação e mistura de raças, e até mesmo corridas de cavalos já pegaram mal diante de quem defende os bichos.
Os cientistas políticos dizem que reconhecer o papel histórico da rainha Elizabeth não significa justificar os erros, como a colonização da monarquia. Mas é inegável que a figura popular com jeitão de avó dos britânicos colou como positiva para a maioria. Ela morreu com média de 75% de aprovação do público do Reino Unido. É claro, que essa percepção muda em outros territórios.
Assim que a Rainha morreu, pessoas começaram a perguntar quem ficaria com os famosos cães da realeza. Eles vão continuar nos castelos da coroa britânica, segundo confirmou a BBC News: "os corgis vão voltar a viver no Royal Lodge com o duque Andrew e a duquesa Sarah."
Os cães sempre foram tratados com status de realeza: tinham quartos próprios e comida feita por um chef.
Ao longo da vida, a rainha teve quase 40 cachorros. A maioria descendente de Susan, a cadela que ganhou aos 18 anos de idade. O programa de reprodução de cães teve árvore genealógica e terminou há anos. Elizabeth II dizia que não estava disposta a deixar filhotes para trás quando morresse. Mas deixou: Muick (pronuncia-se "Mick"), Sandy, Candy, este última um dorgi - cruzamento entre um dachshund e corgi - e ainda um cocker spaniel.
O vínculo com a primeira da linhagem foi um ponto de virada na relação com os animais. E quando Susan morreu, em 1959, nem a a rainha conseguiu disfarçar o luto. A despedida escrita na lápide, no cemitério de Sandringham, em Norfolk, dá o tom: “Sempre temi perdê-la, mas sou agradecida pelo seu sofrimento ter sido misericordiosamente curto".
Os cachorros viraram marca da rainha e se tornaram em um fenômeno internacional. Ganharam até filme. A animação de 2018 é "Corgi: Top Dog".
Cena da animação "Top Dog", filme inspirado na relação da Rainha com os cachorros
O QUE VEM POR AÍ - Bem diferente da mãe, o Rei Charles III, de 73 anos, tem índice de popularidade na casa dos 42% e carisma em falta. Mas ele carrega uma carta na manga que pode conquistar a simpatia do mundo, em especial dos amantes da natureza: é um defensor reconhecido do meio ambiente e do planejamento urbano sustentável.
Em 1985, o então Príncipe de Gales investiu em uma fazenda de orgânicos. A agricultura sem agrotóxicos é paixão antiga do novo rei da Inglaterra. Desde os anos de 1980, em "Highgrove", palácio rural de Charles III, no sudoeste da Inglaterra, ele produz e vende os produtos. Com o dinheiro, patrocina a Prince´s Trust, projeto que custeia bolsas a jovens desfavorecidos.
Em 1970, quando a ecologia era um assunto restrito a ativistas, o então príncipe de Gales, de 22 anos, pronunciou o primeiro discurso sobre o meio ambiente, alertando sobre os perigos da proliferação de plásticos. Rendeu críticas de desafetos que diziam que Charles falava com árvore.
No Brasil, em 1991, veio conhecer os preparativos da Eco 92, a Conferência da Onu para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que ocorreria no ano seguinte. Sensibilizado pelo desmatamento, em 2007, criou o Prince's Rainforest Project, que busca soluções junto a governos, empresários e associações para encontrar soluções para a destruição.
A nova primeira-ministra Liz Truss, uma liberal, pode ser uma pedra no sapato de Charles, já se mostrou refratária às energias renováveis e quer prolongar a data prevista para que a Inglaterra alcance a neutralidade de carbono. Uma nova era se inicia.
CACHORROS REAIS - Charles III também é fã de cachorros. Chegou a criar terriers Jack Russell, raça de pequeno porte. Mas no ano passado, teve nova postura. Ele e Camilla Parker, a rainha consorte, adotaram em um abrigo dois cães resgatados: são Bluebell e Beth.
Cena da animação "Top Dog", filme inspirado na relação da Rainha com os cachorros
Bluebell e Beth, os novos cachorros do Palácio de Buckingham
Árvore genealógica dos cachorros criados pela Rainha Elizabeth II